sábado, 5 de janeiro de 2013

Estratos e Estratificação



Estrato ou Camada: Corpo lítico, em regra tabular, caracterizado por certas propriedades que o distingue dos corpos adjacentes. A separação entre estratos  vizinhos pode ser feita por planos bem marcados (passagem brusca) ou através da mudança gradual de qualquer propriedade (litologia, mineralogia, conteúdo fossilífero, composição química ou idade).

Estratificação: Deposição de material em lâminas, paralelas ou subparalelas, entre si, bem como em relação topo e base da camada onde estão inseridas. É uma propriedade muito importante das rochas sedimentares.

Tipos de estratificação:

Estratificação cruzada: Originada pelo vento ou pela água. As lâminas no interior do set fazem um determinado ângulo (<35º) com a superfície superior e inferior da mesmo. Este tipo de estratificação subdivide-se em:
- Tabular: lâminas com a mesma espessura e paralelas entre si;
- Prismática: lâminas em "cunha";
- Festonada: concavidade das lâminas da camada virada para cima;
- Hummocky: as camadas formam estruturas irregulares e convexas. 


Estratificação Cruzada

Estratificação gradacional / Granuloselecção: Aplicada à granulometria das rochas clásticas. Caracterizada por um decréscimo do tamanho das partículas/grãos da base para o topo. Quando, da base para o topo, o tamanho das partículas aumenta dá-se o nome de estratificação gradacional invertida. É originada fundamentalmente em ambientes marinhos profundos, por correntes turbidíticas que levam o material dos taludes para áreas oceânicas.

Granuloselecção


Granuloselecção

Bioturbações: Muitas vezes nas rochas sedimentares a estratificação encontra-se quebrada por tubos aproximadamente cilíndricos que podem ter alguns centímetros de diâmetro e que se estendem verticalmente ao longo de muitas camadas. Estas estruturas são remanescentes de furos e túneis escavados por moluscos e muitos outros organismos marinhos.

Biotubações presentes na Praia Grande, Sintra

Ripple Marks: Superfícies ritmicamente onduladas com comprimento de onda centimétrico a decimétrico, em sedimentos arenosos ou siltosos. Formam-se em dunas pela acção do vento, e em ambientes sub-aquáticos pela acção de ondas e de correntes. Essas marcas podem ser:
- Simétricas: típicas do “vai e vem” das ondas de água rasa;
- Assimétricas: comuns quando a ondulação é formada por um fluxo de corrente, seja ele eólico, fluvial ou canal de maré.


Ripple Marks

Esquema dos Ripple Marks
Em cima: Simétricos    
Em baixo: Assimétricos

Segue-se um filme dividido em quatro partes sobre a estratificação:


(Parte 1)

(Parte 2)

(Parte 3)

(Parte 4)

BIBLIOGRAFIA:
http://pt.wikipedia.org
http://sepmstrata.org
http://www.stratigraphy.org
http://www.youtube.com/
SELLEY, Richard C., Applied Sedimentology, 2ª edição, San Diego, Academic Press, 2000

Nenhum comentário:

Postar um comentário